Aprender a Programar Divertindo-se


Aprender programação é sempre divertido e fácil!

A frase acima é uma mentira, pois nem sempre é divertido e quase nunca é fácil aprender, pois além das dificuldades cotidianas, há pessoas que tem dificuldades de aprendizado - aquelas que pedagogos apontam, com dificuldade de concentração e atenção - e professores que não sabem passar o conteúdo de forma atrativa.


Existe também o fato de que alguns conteúdos julgados ótimos tecnicamente, são na verdade, inviáveis para aprendizado, deixando os problemas citados ainda mais evidentes.

Apesar de ter uma pedagoga dentro de casa - e ser casado com ela -  não sei afirmar se tenho alguma deficiência de aprendizado - Ela tem certeza que não... Costuma dizer que sou muito inteligente - mas tenho um total desânimo no aprendizado de novas tecnologias. Creio seja uma apenas um comportamento temporário...

Mas em tecnologia é inviável e improvável ficar parado no tempo, sendo assim, pensando na aquisição de novos conhecimentos, estive procurando formas mais atrativas de aprender e me deparei com algumas coisas bem legais, como jogos e quadrinhos que ensinam a programar.

Olhe a referencia do que achei:
  • Jogos:
    1. lightBot - Um jogo em flash que ensina a programar estruturas de algoritmos, onde você guia um robô através de comandos e funções;
    2. C-Jump - Um jogo de tabuleiro onde se aprende a programar C (via OhGizmo!);
    3. Innov8 - Jogo onde você aprende BPM, criado pela IBM;
    4. Alice -  Este é na verdade um projeto educacional, com um jogo tipo o The Sims, que ensina a programar em Java.
  •  Livros e sites:
    1.  Guia Mangá de Bancos de Dados - O nome já diz quase tudo, mas é livro onde um Princesinha aprende sobre o que é como utilizar um Bando de Dados e fazer consultas em SQL;
    2. O (Comovente) Guia de Ruby do Why - Um guia ilustrado e maluco da linguagem Ruby, criado originalmente em inglês por "Why the Lucy Stiff", e traduzido pela comunidade Ruby Brasileira mas em especial pelo Carlos Brando;
    3. Aprendendo Django no planeta Terra - Empreendimento totalmente Nacional, Brasileiro de redação e desenho, criado por Marinho Brandão e ilustrado por João Matheus, o livro ensina de forma divertida ao extraterrestre Alatazan, com ajuda do terráqueos Cartola e Nena, o básico da linguagem Python e muito do Framework Django;
    4. Pyctoria -  Uma série de quadrinhos que ensina a linguagem Python.
Tenho que destacar ainda os livros da série "Use a Cabeça!" (Head First) que são bem difundidos no país com linguagens de programação, como Java, mas no EUA eles vão a várias áreas como Física, Estatística, etc, eles usam a técnica chamada meta-cognitiva de aprendizagem, no Brasil são vendidos e traduzidos pela AltaBooks.

Este é o material que achei, algumas coisas bem interessantes, se você quer algo mais amigável para aprender ou ensinar um criança ou adolescente a programar ai estão ferramentas iniciais. Sei de outros materiais com um jogo parecido com o pitfall do atari para aprender Java, mas como não tenho o link não listei.

Lembrando que alguns deste materiais podem ser obtidos gratuitamente em seus sites.

Que agradecer ao pessoal do Twitter que contribuiu para esta postagem: @karlisson(Os creditos da imagem no inicio do post são dele), @PotHix, @KraemerPinheiro, @danielvlopes, @pcalcado, @pinceladasdaweb, @marthagabriel, e se você tem algum outro material ou recomendação coloque nos comentários, espero sua contribuição.

Obrigado.

    Fluxograma Hey Jude!!

    Olá Pessoas!!

    Estou meio sumido, mas estou estudando algumas coisas para postar para vocês.

    Mas navegando na net, achei algo interessante o Fluxograma da música Hey Jude. Olhei ai:



    Legal, falta agora aprender a cantar.

    Abraços..

    Acessibilidade web: Custo ou benefício


    Olá,

    Recebi via twitter o link deste vídeo muito interessante sobre sobre acessibilidade na web.

    O vídeo já está na web a 2 anos e alguns meses, é interessante ver como coisas primordiais para uma humanidade melhor, são simples mente deixadas de lado.

    Veja o vídeo:






    Aqui onde trabalho atualmente, tive 2 experiências ruins com acessibilidade:
    1. Foi com um deficiente visual, pois não há micros aqui com este programas que fazem a leitura da tela, há laboratórios próximos que tem, mas estavam em manutenção, e a pessoa necessitava usar naquele momento, depois conversando com ela descobri que o melhor programa de leitura de tela é pago, e é bem caro.
    2. Foi com um cadeirante, mas a pessoa tem outras deficiências que a deixaram com braços atrofiados e pequenina, e os micros estão em mesas de altura feitas para pessoas normais, ela teve dificuldade em usar o teclado e o mouse.
    Olhando esse vídeo e essas situações, imagino será que ser profissional é somente ser reconhecido no meio e ganhar dinheiro, será que não preciso fazer nada que transforme a realidade da sociedade.

    Paulo

    Oferta Tutorial Action Script 3

    Olá pessoas,

    Faço indicação de um material muito bom.

    São Blog, twitter e os tutoriais de Action Script 3 do Mário Santos, você que se interessa por RIA, Flex, Flash e Action Script, não deixe de acompanhar o blog e as novidade que o Mário coloca a disposição, o cara é fera!!

    Ele está disponibilizando a 2ª parte do tutorial de Action Script 3, para conseguir este material, terá que seguir uns procedimentos que o Mário descreve no blog dele, sendo que a oferta é válida até 28/09/09, então corram, abaixo um resumo da postagem dos procedimentos.

    Bons estudos.

    Bom, para quem não sabe, iniciei um projeto à alguns tempos, que se trata da criação de um tutorial AS3, a primeira parte foi distribuida gratuitamente aqui e a segunda apenas era totalmente distribuida segundo uma doação, mas desta forma venho informar que a segunda parte do tutorial será entregue....

    Curso online e gratuito de CakePHP

    Olá pessoas!

    Este post e via "Send" do Google Reader.
    (Que é um recuso bem interessante e fácil de usar)
    Abaixo vai Link de uma matéria que achei interessante.
    Curso online e gratuito de CakePHP: "O CakePHP possibilita a criação rápida de aplicações em PHP para ambiente web, alienadas à banco de dados (MySQL principalmente), onde o programador basicamente cria a base de dados, escolhe os controles (métodos) e os módulos (visual) e tudo é providenciado pela ferramenta. O Cake não é nenhuma “oitava maravilha do mundo”, mas pode [...]"

    Mundo de Papel

    Já imaginou se o mundo fosse de Papel??


    É a proposta do Vídeo abaixo:



    SCRIBE MUNDO DE PAPEL from ladies on Vimeo.

    O vejo 2  problemas:

    1.  Seria o número de arvores cortadas, nada ecológico.
    2. Se chove, #comoFaz???
    Uma Diversão pra vcs!!

    São Pedro Julião Eymard: criador da adoração perpétua do Santíssimo Sacramento

    Em 1804, apareceu no vilarejo de La Mure um amolador de objetos, acompanhado de sua filha de cinco anos de idade, órfã de mãe, que perguntava de casa em casa se havia utensílios para serem afiados por seu pai.

    Este tinha por nome Julião Eymard, originário de outra localidade, Auris, onde se casara e tivera seis filhos desse casamento. Perseguido pelos "patriotas" da Revolução Francesa, perdeu boa parte de seu patrimônio. Com a morte da esposa, em 1804, resolveu tentar a sorte noutro lugar.
    Deixou então cinco filhos com pessoas amigas e saiu à procura de sustento, levando apenas a caçula. O espírito de solidariedade católica, que ainda havia em La Mure, facilitou o estabelecimento de Julião naquele local, onde prosperou e contraiu novas núpcias.

    De seu segundo casamento, nasceu Pedro Julião Eymard em 4 de fevereiro de 1811.

    Com o correr dos anos, o menino mostrou-se inteligente e jeitoso, tornando-se a grande esperança do pai para fazer prosperar o negócio que havia montado naquela localidade: uma usina de azeite.

    O conquistador de almas para Deus

    O menino, porém, sentia que era chamado para algo de bem mais elevado do que ser fabricante de azeite. Após várias dificuldades postas pelo pai, conseguiu entrar no seminário para seguir o que sua vocação lhe pedia: tornar-se sacerdote.

    Após ordenar-se, celebrou sua primeira Missa em 26 de outubro de 1834.

    O novo sacerdote cativava as almas. Após o ofício divino, saía com os fiéis e ficava em frente à igreja, conversando com eles e os instruindo. Operavam-se então conversões impressionantes.
    Em 1839 decidiu entrar na Sociedade de Maria para desenvolver cada vez mais sua devoção à Sagrada Eucaristia, a paixão de sua vida. Sua irmã -- aquela menininha que percorria as casas pedindo trabalhos -- insistiu com ele para que ficasse mais um dia em casa, antes de partir para seu novo destino. "Um dia bastará para perder minha vocação" foi a resposta. E seguiu em frente.

    Nessa época a todos impressionava sua piedade profunda e terna, enquanto no seu caminhar havia algo de harmonioso que lhe conferia um aspecto militar.

    Pregava a Eucaristia e somente a Eucaristia. Porém o fazia de maneira pessoal, concreta e viva, sem muitas especulações meramente teóricas e abstratas. Sua pregação tocava de modo especial as necessidades espirituais de seus ouvintes. Sua palavra de fogo esclarecia, abrasava e ganhava as almas. Seus sermões eram verdadeiras meditações íntimas que lhe saíam pelos lábios, expressão de sua intensa vida interior.
    Sua alma era de tal maneira luminosa, que pessoas das mais diversas condições sociais e econômicas, bem como das mais distintas profissões, vinham lhe pedir luzes fora e dentro do confessionário.

    "Fogo" eucarístico nos quatro cantos da França

    Certo dia, em 1853, durante a ação de graças, por solicitação de Nosso Senhor, ele se ofereceu por inteiro a Deus, recebendo então muitas graças, consolações e forças para realizar a tarefa que lhe estava destinada.

    Seis anos mais tarde, confidenciou que naquela ocasião prometera a Deus que nada o reteria, mesmo que precisasse comer pedras e morrer em um hospital, trabalhando em Sua obra sem consolações humanas.

    Era o primeiro passo para a fundação de seu Instituto, dedicado à adoração perpétua do Santíssimo Sacramento. As dificuldades fizeram-no soltar essa exclamação: "Chego como um soldado do campo de batalha, não se achando vitorioso, mas cansado e esgotado pelo combate".

    E anunciou ao Arcebispo de Paris que queria pôr fogo nos quatro cantos da França, e especialmente em Paris, com a comunhão dos adultos.

    Santo Cura d'Ars profetiza sobre São Pedro Julião!

    O Pe. Eymard e o Cura d'Ars se conheciam e se tornaram verdadeiros amigos em Nosso Senhor Jesus Cristo, cada um procurando estar a par das atividades do outro.

    O Cura d'Ars teria mesmo profetizado que o Pe. Eymard sofreria muito, inclusive perseguições de seus melhores amigos. Mas que a congregação por ele fundada seria próspera e se espalharia por todos os países, apesar de tudo e contra todos...

    De fato, na obra recém-fundada continuava faltando quase tudo e as deserções começavam. O fundador tornou-se objeto de críticas e perseguições. Escreveram-lhe cartas extremamente mortificantes, profetizando quedas e catástrofes. Como se isso não bastasse apareceu uma ameaça de despejo. Obrigado a se afastar por cinco semanas para tratar da saúde, encontrou a casa com menos gente e com traidores.

    Em Roma: êxtase e aprovação de sua obra

    Tinha um culto entusiasmado pelo Papado. E não foi sem emoção que se dirigiu a Roma para pedir a aprovação de sua obra, o Instituto do Santíssimo Sacramento.

    Uma feliz coincidência facilitou as coisas. Estava orando no altar da Confissão, na Basílica de São Pedro, quando entrou em êxtase e não percebeu um cortejo que se aproximava. Era Pio IX, que ia rezar ali também. Os numerosos fiéis que se encontravam no local, se afastaram para dar passagem ao Papa, ficando somente um padre austero ajoelhado. Quando voltou a si, todo confuso, refugiou-se em um canto; o Papa acabara de se retirar.

    No dia seguinte recebeu o Breve Laudatório, assinado na véspera pelo Sumo Pontífice!

    Desejava ter a voz do trovão


    Sua palavra era um fogo de caridade e de fé. Havia um tal brilho de santidade em seu olhar, que se pensava em Nosso Senhor. Mesmo antes de começar a falar, já tocava as almas pela sua simples presença. Mais do que a fé, era quase a visão real do Divino Mestre que ele imprimia nas almas. Parecia ver o que falava.

    Quanta vida, quanta luz! Seus ouvintes mantinham o olhar fixo na sua pessoa durante toda a pregação. Diz-se que ele desejava ter a voz do trovão para ser entendido por toda parte e por todos.

    Traçava, para cada sermão, os limites, as divisões e o encaminhamento do raciocínio, mas... na hora entrava a palavra e a inspiração do coração. Preparava suas homilias diante do Sacrário pois, segundo ele, uma hora na presença do Santíssimo Sacramento valia mais do que uma manhã de estudos nos livros.

    Lia os corações, via à distância, profetizava...

    Não era raro dizer a uma pessoa os pensamentos que tivera; e aconselhá-la de acordo com tal discernimento.

    Certo dia, uma moça da sociedade foi procurá-lo, sem que os pais soubessem, para pedir-lhe um conselho sobre sua vocação. Ao chegar, soube que ele se encontrava em sua hora de adoração ao Santíssimo, durante a qual não costumava atender absolutamente ninguém. Resignada, dirigiu-se à igreja e o viu de costas, ajoelhado, em oração. Nesse mesmo instante Eymard levantou-se, indicando à moça o caminho do confessionário. Comentou depois que sentira que uma pessoa o procurava e tinha necessidade de ajuda.

    Entre 1860 e 1868 previu várias vezes os desastres da guerra franco-prussiana e o movimento revolucionário da Comuna de Paris.

    Em Saint-Julien de Tours, o Pe. Eymard deu provas de ser santo, vidente e profeta diante de um auditório que o ouvia pela tarde e pela manhã, sempre recolhido e sempre entusiasta.

    Certo dia, duas horas antes da procissão de São Julião, o céu escureceu e se armou uma tempestade. O Pe. Eymard, calmo, ordenou que a procissão saísse e... surpresa! Em lugar dos raios e da chuva que já haviam começado, aparece céu azul e um grande sol! "Milagre"! Foi a palavra que aflorou a todos os lábios.

    Exorcista, era perseguido pelo demônio

    Muitas vezes passava as noites lutando contra o demônio. Pela manhã, no seu quarto havia móveis quebrados ou avariados e sinais em sua face. Comentava que os golpes do demônio são secos como se bate em mármore, mas a dor desaparecia com a pancada.

    Em 1861, após comer parte de uma maçã oferecida por uma mulher tida como mágica, uma menina ficou possessa. A mãe, ouvindo falar de Eymard, foi procurá-lo. Este enviou uma camisa e um gorro com a medalha de São Bento, mas a menina os destroçou com seus dentes. O Padre então benzeu um pedaço de pão e o enviou à casa da menina, para que o engulisse na hora em que estaria celebrando uma missa por ela.

    Quatro homens forçaram-na a engulir e ela começou a vomitar um liquido preto, cheirando a enxofre, em tal quantidade que escorreu até o chão, ficando então curada. O demônio foi derrotado duplamente, pois o pai de menina, que se encontrava afastado da religião, impressionado, confessou-se, comungou e voltou à prática religiosa.

    Incompreendido pelos próprios filhos espirituais

    No final de 1867 repreende os seus por não irem vê-lo com mais freqüência e mais confiança, a fim de pedir uma comunicação mais abundante do espírito da sua vocação. "Nada me perguntais. Quando eu não estiver mais aqui, ninguém terá a graça da fundação. Interrogai-me, usai mais de mim".

    Em 1868 escreveu em suas notas que iria fazer parte da corte celeste, participar da bondade de Deus. Um trono lhe estava assegurado no Céu e seu nome estava inscrito no livro da vida; os Anjos e os Santos o esperavam no lugar dos Bem-aventurados e o chamavam de irmão.

    Porém, para alcançar um tal píncaro é preciso não só sofrer, mas saber sofrer. Assim, seus últimos anos de vida foram repletos de sofrimentos, ocasionados estes em boa parte por seus próprios religiosos que já não tinham confiança em seu Santo Fundador. Disse ele nessa penosa conjuntura: "Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras; humilhai-me, despojai-me; dai-me a cruz, contanto que me deis também o vosso amor e a vossa graça".

    No dia 1º de agosto de 1868, às 14:30 hs, exalou seu último suspiro. Tinha 57 anos e meio. Morreu em sua cidade natal, La Mure, na mesma casa onde nascera. Sua congregação tinha então cinco casas na França e duas na Bélgica, com cinqüenta religiosos.

    "Nosso santo morreu!" foi o grito que se ouviu nas ruas e nas casas daquela pequena localidade. A população inteira desfilou diante de seus restos mortais. As pessoas iam com as duas mãos cheias de objetos para serem tocados no corpo do Santo. Seus olhos, que não foram fechados por respeito, guardavam uma expressão extraordinária de vida a ponto de dar a falsa impressão de que não morrera.

    Foi beatificado solenemente por Pio XI no dia 12 de julho de 1925 e canonizado por João XXIII em 9 de dezembro de 1962.
    _____________________
    Fonte de referência:
    Mgr. Francis Trochu, Le Bienhereux Pierre-Julien Eymard, d'après ses écrits, son Procès de béatification et de nombreux documents inédits, Librairie Catholique Emmanuel Vitte, Paris, 1949

    Curso Gratuito de Spring Framework

    O Spring é um Framework de padrões de desenvolvimento de projetos (Design Patterns), inicialmente criado para linguagem Java, hoje já utilizado em várias outras linguagens, e foi criado por Rod Johnson. Trata-se de um framework não intrusivo, baseado nos padrões de projeto inversão de controle (IoC) e injeção de dependência.

    O Diego Pacheco, Consultor e blogueiro, está disponibilizando um Curso Gratuito de Spring Framework o que é muito interessante para quem programa e da aulas.

    Veja um resumo do post em que ele disponibiliza o curso : "Em 2007 eu criei este curso de Spring framework. Hoje é com grande satisfação que venho disponibilizar este material. Você pode baixar o material e utiliza-lo para estudo e até mesmo para ministrar...

    Mais do Diego e do curso no links:

    Blog:http://diego-pacheco.blogspot.com/
    Curso Gratuito de Spring: http://diego-pacheco.blogspot.com/2009/08/curso-gratuito-de-spring-framework.html

    Paz, Bem e Abraços.

    "Boas" Lições Sobre Como Fracassar um Projeto RIA

    Na InfoQ Brasil saiu um matéria interessante com o titulo:
    "Boas" Lições Sobre Como Fracassar um Projeto RIA
    A matéria é do Anthony Franco, presidente da EffectiveUI, e mostra como os gerentes e desenvolvedores erram ao criar RIA´s.

    O legal da matéria é que ela se encaixa muito no perfil das empresas (Pequenas ou Grandes) de desenvolvimento no Brasil, coletam poucos dados de requisitos, assim não tem dados suficientes para interfaces, deixam tudo como responsabilidade do desenvolvedor, e esperam que apareça um Webdesign que faça mágica.

    A segunda parte da matéria é mais direcionada aos desenvolvedores de RIA´s.

    Fica ai dica: Imprimir a matéria e colar no mural da Empresa.

    Paz, Bem e Abraços

    Ícones e Etc


    Você que é desenvolvedor e está precisando de ícones, vai uma sugestão.

    É o site Icons etc. é um site onde disponibiliza vários ícones grátis em formatos de alta qualidade.

    Olhe um exemplo:



    Acesse já!!

    Icons etc.

    Abraços

    Concursos na UNITAU

    A UNITAU - Universidade de Taubaté, abriu novos concursos, são 2 concursos distintos, veja ai os links dos editais:
    Paginas de Concursos da UNITAU http://www.unitau.br/concursos-e-editais;
    Concurso 1;
    Concurso 2;

    Abraços

    Afinal, o que é ser Emo?

    Tenho encontrado cada vez mais pais e familiares preocupados com o que, afinal, vem a ser um Emo. Alguns pelo medo de que os filhos estejam “metidos nesta furada”, outros porque, infelizmente, já vêem filhos, parentes e outros adolescentes e jovens presas desta tribo, deste grupo, deste “seja-lá-o-que-for” que Emo signifique.

    Não é difícil conhecer um Emo e menos difícil ainda localizar um dos seus points. Em geral, são adolescentes entre 13 e 20 anos e estão sempre em grupos. São facilmente encontrados em shoppings, beijam-se entre si sem importar-se com o sexo da pessoa beijada, promovem a homossexualidade e, acima de tudo, a tristeza, a depressão, a extravagância, o bizarro. Cultivam a técnica de enlouquecer os pais, agredi-los, não com palavras ou fisicamente, mas, sim, com comportamentos surpreendentemente infantis, depressivos, regressivos e condizentes com o sexo oposto ao seu. Dedicam-se a depredar o bem público e a não empreender nada, não pensar nada, não criar nada, em parecer o mais bobo possível, ainda que em pose de nerd. Freqüentam freneticamente a internet e mudam continuamente seu nick no orkut. Vestem-se de preto, maquiam os olhos desta mesma cor e usam unhas pintadas de negro, naturalmente. Cultuam os tênis All-Star e fecham-se em um mundo ao qual ninguém que não seja Emo tem acesso.

    Para quem quer informar-se antes de tentar socorrer e encarar ao vivo estes pobres produtos das “famílias modernas”, basta pesquisar no Google. Há informações a valer. O site “100 regras para ser Emo” traz 100 características deste triste grupo metido em verdadeira esquizofrenia social. Para proteger-se de qualquer incursão sadia, as regras de número 1 e número 100 coincidem: nunca dizer que é Emo.

    Percorrendo as 100 características dos Emos, encontramos aberrações como o número 24, que é “o número Emo”, o 33 que orienta chamar a melhor amiga de “marida”, ou o 22, que incentiva o cultivo da auto-depreciação. Bizarrices como o jeito de vestir e pintar os cabelos de cores berrantes, usar piercings e mexer com as pessoas nas ruas ou fazer-se de maníaco-depressivo andam lado a lado com o claro incentivo ao comportamento anti-social, como chorar por qualquer coisa, gritar na rua e depois cair no choro, ignorar todos os que não são Emos, ter sempre razão e ser sempre a vítima.

    A internet informa que o termo Emo vem de “emotional”, em inglês, um tipo de música que exalta o emocionalismo em suas letras e ritmo. A partir deste estágio, tornou-se um estilo de vida propagado especialmente pela internet e através de outros Emos. Milhares de adolescentes, em sua grande maioria os que encontram problemas familiares, aderem a este estilo por pura imitação, por “curtição” e acabam por tornar-se fechados aos pais, amigos, família e sociedade, vivendo em um mundo alienado da realidade, fechando-se em tristeza demoníaca.

    Alguns questionam se “demoníaco” não seria um termo por demais pesado. A estes convido, se morarem em Fortaleza, a passarem uma madrugada na Vigília de Evangelização, promovida pela Comunidade Shalom, a estarem um pouco mais atentos ao trafegarem pela Praça Portugal aos sábados a partir das 20 horas. Ao verem jovens Emos, góticos, vampiros modernos e de outras “tribos” caídos bêbedos pelas calçadas, vomitando os próprios intestinos, a beijarem na boca todos os membros da roda, sejam homens ou mulheres, ao verem sua alienação, incapacidade de relacionamento e de resposta à realidade, me dirão se o que vêem é ou não demoníaco.

    O demônio tem, infelizmente, artimanhas inúmeras e adaptadas a cada tempo. Não é necessário que alguém se debata e urre para ser classificado como alguém atormentado por ele. Para bem discernir, basta a pergunta: Esta pessoa, este adolescente, busca a verdade? Ama a verdade? É capaz de realmente amar? É capaz de dar-se? É capaz de pensar nos outros? Respeita a si mesmo, aos pais, a Deus? Esforça-se para viver as virtudes, para tornar-se mais maduro, para contribuir com a felicidade da humanidade? Pensa nos mais pobres e aflitos? Tem ideais?

    Mais frequentemente do que imaginamos, nossos filhos podem estar saindo de casa muito bem vestidos e trocando de roupa e maquiagem em seu trajeto para o point de sua tribo. É muito possível que só muito tarde descubramos que o que considerávamos “modismo”, “coisa de adolescente”, “fase passageira”, é, na realidade, uma armadilha demoníaca e sutil para alienar-lhes as mentes, as emoções, a sexualidade, o comportamento social e arruinar sua vida, dada por Deus para a felicidade e santidade.

    Procure você mesmo a resposta para a pergunta que nos deveria inquietar a todos: “Será que meu filho é Emo, vampiro moderno, gótico?” Depois, procure no interior de seu relacionamento familiar e no mais profundo da vivência de sua fé a forma de ajudar seu filho querido a não afundar-se nesta lama.

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    por Maria Emmir Nogueira, Co-fundadora da Comunidade Shalom

    Revista Shalom Maná

    http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=3834

    O Marxismo e a Teologia da Libertação

    O marxismo conquistou um grande número de seguidores dentro da Igreja. Esse posicionamento ideológico, além de contrariar os ensinamentos do Magistério, gerou um forte braço da esquerda, principalmente na América Latina. A Teologia da Libertação, nascida do encontro de heresias teológicas européias com a metodologia comunista no Novo Mundo, frutificou, tornando-se uma grande arma do socialismo mundial.


    Autor: Pedro Ravazzano
    Extraído de: http://www.veritatis.com.br/article/5257
    Publicação original: Agosto de 2008

    A Igreja já havia dito que "Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro" [1], mas isso não impediu que religiosos em rebeldia plena ao Magistério afirmassem que "o Reino de Deus é concretamente o socialismo" [2]. Genésio Boff disse, ao Jornal do Brasil, que o proposto pelos seus "não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia".

    Essa falta de caridade e fidelidade ao ensinado pela Igreja, que não condenou o socialismo por motivos pequenos e mesquinhos, mas pela sua incongruência com a Revelação cristã, atingiu seu ápice quando em 1968, religiosos, que já traziam de outrora suas heresias ideológicas, comungaram e ratificaram atitudes terroristas e revolucionárias. FreiBetto, e seus comparsas, aliados a Carlos Marighela, levantaram pontos ao longo da Rodovia Belém-Brasília para implementar uma guerrilha rural, usando o Convento do Araguaia como o centro logístico. Nesse momento os dominicanos se transformaram, Frei Ivo, virou Pedro, Frei Osvaldo, Sérgio ou Gaspar I, Frei Magno, Leonardo ou Gaspar, Frei Beto, Vítor ou Ronaldo, tudo isso para que pudessem contactar Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, os cérebros do Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), que depois virou Ação Libertadora Nacional (ALN).

    Esse grupo terrorista tinha como financiador o governo totalitário cubano. O presidente, Carlos Marighela, fundou o AC/SP depois que foi expulso do PCB. Interessante que sua obra, Minimanual do Guerrilheiro Urbano, transformou-se em norte de vários grupos fanáticos de esquerda, como Brigadas Vermelhas, da Itália, e Baader-Meinhoff, da Alemanha. A ALN assaltou trens-pagadores (o roubo de Santos-Jundiaí rendeu NCr$ 108 milhões), realizou seqüestros, como o do embaixador americano, em conjunto com o MR-8 (do hoje ministro da Comunicação Social Franklin Martins e do deputado Fernando Gabeira). Depois da morte de Marighela, em 1969 (por delação do Frei Fernando), a ALN passou a ser liderada por Joaquim Câmara Ferreira, que viajou para Cuba com o fim de receber ordens de Fidel Castro. Além desse extenso currículo, a ALN se envolveu em centenas de assassinatos, tanto em ação solo, como em parceria com outros grupos terroristas; VAR-Palmares (da ministra Dilma Rousseff), PCBR, MOLIPO, Tendência Leninista (esses dois últimos vindos da própria ALN). Tudo isso com a participação, ou no mínimo conhecimento, de religiosos dominicanos.

    Os terroristas não lutavam por liberdade, mas sim pelo triunfo da revolução comunista no Brasil, que bem sabemos é o inverso. No regime militar, ditatorial e podador de liberdade, o número de mortos chegou a aproximadamente quatrocentos (lembrando que os guerrilheiros de esquerda cometeram cerca de duzentos assassinatos), enquanto o histórico do marxismo mundial beirava os 100 milhões de mortos. Alguns casos são bastante significativos; na China, 65 milhões morreram depois que Mao Tse Tung iniciou o "Grande Salto para Frente", um desastroso projeto. Na URSS, só de 1917 a 1953, o regime bolchevique havia matado 20 milhões de pessoas, muitos deles religiosos da igreja ortodoxa russa que cometiam o crime de professar o cristianismo. Na Coréia do Norte, que até hoje vive no jugo do regime comunista, o número chegou a dois milhões de mortos. No Camboja, o Khmer Vermelho matou em três anos 1/3 da população. Na América Latina, países como Cuba, Nicarágua e Peru, que estavam intimamente ligados nas arquitetações comunistas, carregam cerca de 150 mil mortos. A ilha de Fidel ainda tem cerca de 2,2 milhões de pessoas, 20% da população de Cuba, de refugiados, principalmente nos EUA. Outros números; África, 1,7 milhão, entre Etiópia, Angola e Moçambique, Afeganistão 1,5 milhão, Vietnã um milhão. Seriam, então, esses 100 milhões de mortos pelo comunismo menos “importantes” do que os 500 assassinados pelo regime militar?

    Aqui vale uma pequena recordação. Hoje, muitos comunistas se esforçam para desvencilhar o marxismo do que eles chamam de "socialismo real". Lutam contra a história para justificar a eterna defesa de uma ideologia genocida. Primeiramente, na década de 70 - 80, nenhum dos "companheiros" e "camaradas" se incomodava em receber financiamento da China, URSS, Cuba, Albânia etc. Essa repentina aversão ao regime comunista só se sucedeu depois da queda do Muro de Berlim, quando o mundo finalmente pode ver as desgraças cometidas pelas nações marxistas, mascaradas de um projeto de igualdade material. Quando os partidos esquerdistas do Brasil recebiam verba de Havana, Moscou ou Pequim, os três regimes já traziam nas costas centenas e milhares de mortos, e que mesmo com as restrições das mais necessárias liberdades civis, eram de conhecimento do público ocidental. Ademais, mesmo que Marx não idealizasse uma ditadura do proletariado genocida, o que alguns chamam de "socialismo real" é nada mais do que a única via prática de se instaurar um sistema naturalmente fadado ao fracasso. Hayek, um dos maiores homens da economia do séc. XX, mostra em sua obra, “O Caminho da Servidão”, o caráter totalitário intrínseco a concepção socialista, entre outras coisas, afirma; “Os autores franceses que lançaram as bases do socialismo moderno não tinham dúvida de que suas idéias só poderiam ser postas em prática por um forte governo ditatorial (...) Saint-Simon, chegou a predizer que aqueles que não obedecessem às comissões de planejamento por eles propostas seriam “tratados como gado”.” [3] Inclusive cita W. H. Chamberlin, correspondente por doze anos na URSS, que disse que “o socialismo sem dúvida não será, ao menos no começo, o caminho da liberdade, mas o da ditadura e das contraditaduras, da mais violenta guerra civil. O socialismo alcançando e mantido por meios democráticos parece pertencer definitivamente ao mundo das utopias”. [4] Hayek, de forma brilhante, lembrou que o “socialismo democrático (...) não só é irrealizável, mas o próprio esforço necessário para concretiza-lo gera algo tão inteiramente diverso que poucos dos que agora o desejam estariam dispostos a aceitas suas conseqüências”. [5]

    A Espanha, que não sofreu com um regime comunista, chorou seus mortos na guerra civil, quando marxistas, financiados pela URSS, lutaram pela revolução em terras ibéricas. O historiador Hugh Thomas disse que "Em tempo algum no curso da história da Europa, talvez mesmo de todo o mundo, viu-se um ódio tão apaixonado à religião e suas obras." [6] Tanto na Espanha quanto no Brasil, os marxistas tinham apoio direto dos soviéticos, entretanto, na península, os religiosos eram martirizados e perseguidos, enquanto aqui se convertiam à barbárie comunista. Só nos meses precedentes a guerra 160 Igrejas foram depredadas e 270 religiosos mortos. É célebre a foto onde o Cristo Redentor é "fuzilado" por atiradores comunistas. Ademais, outros monumentos católicos foram profanados, como a histórica imagem de Nossa Senhora de Granada, que tinha que ser chutada para o alistamento na Frente Popular. Os processos de canonização são sempre grandiosos; 61 mártires de Cartagena, 47 Irmãos Maristas, 226 de Valença, 500 foram beatificados a pouco tempo por S.S Bento XVI.

    Enquanto Frei Betto, e seus camaradas religiosos se levantavam contra os abusos cometidos pelo regime militar, em Cuba 15 mil e 17 mil pessoas eram fuziladas. A consciência era limpa (ou hipócrita?), não se incomodavam em receber dinheiro e treinamento de militantes castritas. A falta de percepção era tão acentuada que se lançavam numa luta contra um inimigo que tinha apenas a pretensão de combater os futuros fuzilamentos, genocídios, e massacres, que ocorreriam no possível Brasil vermelho. URSS, China e Cuba eram os financiadores dos guerrilheiros que diziam lutar por liberdade mais que eram sustentados por regimes genocidas. Tinham mais condescendência com genocidas e blasfemadores do que com famílias cristãs de classe média. Estrebuchavam-se com marcha de católicos rezando o terço, mas aplaudiam as frases de seus ídolos, não mais bezerros de ouro, mas porcos de sangue; "Fuzilamentos, sim, temos fuzilado, fuzilamos e continuaremos fuzilando enquanto seja necessário. Nossa luta é uma luta de morte". [7], "Não sou Cristo nem filantropo; sou todo o contrário de Cristo" [8].

    A Teologia da Libertação tem a sua presença no meio religioso reduzida, mesmo com seu esforço atual de se reinventar, a maneira que encontrou para tentar manter a sua influência como outrora, como na década de 80, quando era pujante. Ademais, ainda é ativa na política da América Latina. O próprio PT surgiu nas sacristias das igrejas TL, e ainda hoje, Frei Betto, Boff, e companhia, são articuladores da esquerda nacional e internacional. O frade dominicano tem relações amistosas com Fidel Castro, seu mentor político, as FARC, tendo inclusive o comandante da narcoguerrilha, Raul Reyes, informado que um dos seus maiores contatos junto ao governo do PT era o religioso católico, e com diversos partidos marxistas do continente, sendo um dos membros principais do Foro de São Paulo, dirigindo sua revista quadrimestral, "America Libre". O dominicano, sem nenhuma timidez, barbarizou ao dizer em pleno II Fórum Social Mundial, que "a sociedade do futuro mais livre, mais igualitária e mais solidária se define em uma só palavra: socialismo. Pediu uma salva de palmas para Karl Marx e disse que o homem novo deve ser filho do casamento de Ernesto Che Guevara e Santa Teresa de Jesus", como pontuou Carlos I. S. Azambuja.

    A heresia do modernismo deu um grande impulso aos religiosos que já traziam o germe heterodoxo. A massificação foi tão profunda que conseguiram corromper toda a Ação Católica, passando essa a ser um braço dos partidos marxistas. Nessa época, os grandes Bispos de destaque do país estavam em consonância com tais abusos e profanações, fornecendo uma densa e forte proteção aos religiosos que se comportavam diametralmente opostos ao ensinado pelo Magistério. Nesse contexto, é bastante pertinente a figura do ex-frade Leonardo Boff, que diferente de Frei Betto, tinha uma bagagem cultural e teológica de peso. Ele conseguiu estruturar a Teologia da Libertação, dando a ela um fundamento sólido. Sua figura caiu para segundo plano quando ainda religioso se envolveu com uma mulher casada, o que além de acarretar sua saída da vida franciscana, por vontade própria, lançou para um patamar abaixo a sua importância na teologia americana. Mesmo com essa queda, suas sementes já haviam sido plantadas em muitos setores da Igreja.

    A Teologia da Libertação foi posteriormente condenada através do documento Libertatis Nuntius, que afirmou, entre outras coisas, que ela causava "uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática dessa fé”. Isso se somou as condenações ao marxismo feitas por Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. Em Puebla, o documento do CELAM frisou que "(...) A libertação cristã usa 'meios evangélicos', com a sua eficácia peculiar e não recorre a nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (...)" (nº 486) "ou à praxis ou análise marxista" (nº 8).

    O Magistério, em toda a sua riqueza, é claro quanto a condenação ao socialismo, e a própria Teologia da Libertação. Esta, além da metodologia marxista, cai em outras heresias, como o modernismo, gnosticismo (ambas intrínsecas), mas também milenarismo, se analisarmos a perspectiva socialista de redenção, montanismo, com a sua percepção eclesiológica deturpada, e outras heterodoxias. Essas heresias podem gerar diversas outras, como por exemplo, o berenguarianismo. Além dessas heresias, a Teologia da Libertação descamba para a defesa do aborto, homossexualismo etc. Nas palavras de Frei Betto; "O Estado é laico e deve ter o direito de defender a vida das mulheres pobres não incriminando mais o aborto, o que não significa ser a seu favor." e "Embora eu seja contra o aborto, admito a sua descriminalização em certos casos (...) Se os homens parissem, o aborto seria um sacramento." [9]. O religioso só esquece do ensinamento canônico da Igreja; "Cânone 1398 Quem procurar o aborto seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae (automática)", condenação que também recai aos defensores do infanticídio.

    A Teologia da Libertação conseguiu entrar nos seminários e noviciados e, com isso, se estabeleceu justamente na fonte de formação. Aqui é válido um breve comentário. A chegada da TL nas escolas católicas foi avassaladora. Talvez não haja uma correta atenção a esse problema, o que, de maneira decisiva, impede a restauração de uma vivência católica genuína. O mais irônico, é que a Teologia da Libertação percebeu antes de nós a relevância das escolas e, por isso, se esforçou ao máximo para entrar e se fixar nesses centros estudantis. Hoje, boa parte dos colégios católicos está entregue a ensinamentos liberais e incongruentes com a doutrina da Igreja. O problema é tão complexo, que é até difícil dizer se foram os religiosos que corromperam as famílias, ou as famílias que levaram para os colégios a corrupção. Eu, particularmente, acredito na primeira opção. Os colégios católicos, literalmente, de um dia para o outro, viram seus símbolos sendo guardados em depósitos, aulas de religião reduzidas a um simplismo empobrecedor, Padres com currículos extensíssimos sendo retirados das salas de aula unicamente por serem Padres. Isso sem contar com uma das maiores antíteses com que já me deparei; colégios nominalmente e tradicionalmente confessionais restringindo ensinamentos e vivências religiosas por defenderam o pensamento laico. Esses religiosos tíbios geraram fiéis ímpios, e esses fiéis ímpios formaram famílias liberais-agnósticas-atéias. É a bola de neve.

    O apoio de grandes Bispos, no passado, também foi essencial para o fortalecimento dessa linha herética. Essa condescendência episcopal, somada a maciça presença da TL nos seminários, deram a ela uma estrutura sólida e grandiosa. A sua presença na Igreja brasileira foi tão enfática que conseguiam abafar todas as condenações que vinham de Roma, continuando intocados e atuantes. Com o surgimento do movimento carismático, e associações fiéis e ortodoxas (Legionários de Cristo, Opus Dei, Comunhão e Libertação, Arautos do Evangelho etc), a Teologia da Libertação passou a presenciar a sua degradação. Apenas forneciam aos seus seguidores um discurso político e centrado na dialética marxista, tudo convergia para a "justiça social" e luta de classes; Maria a mulher da caminhada, Jesus o revolucionário etc. Com isso, o empobrecimento espiritual dos homens, se tornou inevitável. Esses novos movimentos resgataram o mais puro cristocentrismo.

    A TL foi sendo assim minada, sua influência reduzida, entretanto, ainda se faz presente, se esforçando para sobreviver em meio ao renascimento católico. Interessante é que essa sua tentativa de manutenção a levou a se aproximar de setores da RCC, que no passado era alvo constante de críticas e acusações por parte da alta cúpula da TL. Ela cavou a própria cova quando afastou a piedade e religiosidade dos fiéis, com isso as suas fontes de vocações secaram. Em contrapartida, os novos movimentos, aversos a essa metodologia dialética e herética, passaram a ter seus seminários e noviciados apinhados de jovens, derrubando de imediato a falaciosa crise de vocações, tão divulgada pela mídia catolicofóbica. Dessa forma, uma nova geração de religiosos foi sendo formada, com fidelidade ao Magistério e ortodoxa no seguimento da doutrina. Serão os futuros padres, freis, monges, Bispos, aqueles que irão execrar por um todo a Teologia da Libertação da Igreja, e coloca-la no seu devido lugar, nos livros de história, como uma heresia ao lado de tantas outras.


    Notas
    [1] Quadragesimo Anno, nº 117 a 120
    [2] BOFF, L. e BOFF, Cl. Da Libertação, p. 96
    [3] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 48
    [4] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 53
    [5] CHAMBERLIN, W. H. A False Utopia, 1937, p. 202-3
    [6] THOMAS, Hugh. A Guerra Civil Espanhola Vol. 2, 1964.
    [7] Che Guevara, na Assembléia Geral da ONU em 11 de dezembro de 1964
    [8] Che Guevara em carta familiar
    [9] Frei Betto, A Questão do Aborto

    A fabulosa fé dos ateus

    Os adoradores do Acaso

    Poucas coisas me admiram mais, neste mundo, do que a assombrosa fé dos ateus.
    Eles não acreditam em Deus, mas acreditam cegamente no Acaso. Se você lhes perguntar: “Como surgiu o mundo? Como apareceu a vida? Como se processaram as coisas para que se desse algo de tão extraordinariamente complexo, preciso, ordenado e fantástico como é o organismo de um besouro ou de uma gazela? Como se produziu a maravilha extasiante de um olho: o cristalino, a córnea, a retina, a íris, o seu funcionamento harmônico em precisa conexão com o sistema nervoso, com o cérebro, com o sistema circulatório...?”, invariavelmente o ateu responderá: “Foi por Acaso”. Você pode perguntar: “Um acaso só?” Ele sorrirá com ar de suficiência e esclarecerá, como se segredasse a sabedoria aos ignorantes: “Milhões, milhões de Acasos, meu amigo, ao longo de milhões de anos”. E a palavra milhões — que não explica, sozinha, absolutamente nada — o deixará perfeitamente satisfeito, como se fosse a explicação genial, “racional” e completa de toda a questão.

    No entanto, os que se têm dado ao trabalho de analisar cientificamente as possibilidades de que apenas duas dúzias desses milhões de acasos se produzissem, chegam à conclusão de que, pelo cálculo de probabilidades, essa conjunção de eventos fortuitos, perfeitamente concatenados, é tão improvável que, na prática, fica sendo impossível. Não há probabilidade alguma que consiga explicar satisfatoriamente como, do nada, possa surgir algo; ou que, da matéria inerte — numa cadeia de mirabolantes casualidades — venham a brotar a paineira, a onça, o dourado e o gavião.
    E, já que falamos em bichos, talvez o leitor ache interessante uma afirmação feita por um cientista da NASA, altamente qualificado nesses assuntos. É muito mais provável — dizia este professor — que uma lagartixa, um camundongo e um pardal façam por acaso (só passeando, arrastando e deixando à toa pedacinhos de metal, areia, etc.) um computador de última geração, do que o pretenso surgimento do universo — desde as galáxias até às borboletas — sem que tenha havido como causa de tudo uma Inteligência suprema, criadora, ordenadora e providente, ou seja, sem Deus.
    Só pelo raciocínio, sem necessidade de fé, grandes filósofos pagãos como Platão e Aristóteles — insuperados em muitas das suas idéias — chegaram à conclusão de que o mundo postula, racionalmente, a existência de um Criador, que é pura Inteligência e puro Poder. Qualquer cristão bem formado sabe, de fato, que não precisa da fé para chegar ao conhecimento da existência de Deus e dos seus atributos (inteligência, poder, bondade, etc.), porque, para isso, basta a razão. Aqueles que o ateu julga “crédulos”, neste ponto são muito mais racionais do que ele.
    Qual é a pauta da “vida boa”?
    O que acabamos de considerar tem enorme importância quando se pensa na qualidade moral da nossa vida. Quando e por que podemos dizer que agimos bem ou que agimos mal? Quando se pode afirmar que fizemos o certo ou que fizemos o errado? Há, por acaso, algum princípio, algum valor seguro, alguma pauta clara que permita avaliar a bondade ou a malícia dos nossos pensamentos, palavras e ações?
    Talvez alguém diga: “Sim, a pauta é a nossa consciência”. Quem diz isso está afirmando que o que fazemos de acordo com o que a nossa consciência sente é bom, e o que fazemos contra a voz íntima da consciência é errado.
    A resposta parece boa —e está certa, sem dúvida, a segunda parte —, mas talvez não reparemos que dizer que é bom o que fazemos de acordo com a nossa consciência — sem mais — é uma afirmação equivalente a dizer que termos olhos é sempre o meio certo para enxergar a estrada que devemos seguir com o carro, ou com os nossos pés. De acordo com misso, se perguntarmos: “Há algo que nos permita afirmar se o dia é claro ou escuro, se perto de nós há gente ou não, se pela rua vem vindo carros, se alguém nos aponta uma arma?”, a resposta deverá ser sempre: “Sim, a nossa vista”.
    Só que essa resposta, enunciada de maneira tão simplista, é uma estupidez. Todos sabemos que a vista pode ser boa ou má, sadia ou doente, nítida ou confusa, ou até cega e nula. Uma má vista pode confundir uma janela do vigésimo andar com a porta de acesso à escada do prédio e levar a pessoa de boa fé a despencar e morrer. Exatamente a mesma coisa acontece com a consciência. Em princípio, poderia e deveria enxergar o bem, o justo, o certo, mas para isso precisaria estar sadia, e não moralmente doente. Infelizmente, a consciência não é Deus, nem é uma voz pura e infalível (por exemplo, Hitler, Goering e Goebbels acreditavam firmemente que a monstruosidade de eliminar os judeus era um dever de consciência para o bem do mundo; e em consequência, enchiam de vítimas as câmaras de gás, seguindo fielmente essa sua “consciência” desvairada) . Tal como a vista, é evidente que a consciência pode estar doente, gravemente doente, e ter, então, erros fatais de avaliação e, portanto, de conduta moral.
    Não nos esqueçamos de que, afinal, a consciência é um juiz, que avalia uma decisão a tomar, uma conduta, uma omissão, e diz: “Isto está certo”, “Isto não tem nada demais”, “Isto está errado”. Mas, nesta avaliação, o que é absolutamente decisivo é saber qual é o referencial, a “norma de valor” que permite julgar o certo e o errado. Por que você diz “isto está certo”? Com base em quê? Há ou não há “valores”, “verdades” morais que iluminem sem erro a nossa consciência? Há valores que permitam dizer, com lucidez e segurança: “Isto está bem, isto está mal”? Há, enfim, normas que sinalizem e balizem sem engano o caminho da vida, da “vida boa”, certa e honesta?
    Nesta matéria, tudo depende da posição que se adote. Se é a dos que só acreditam no Acaso, a “pauta”, a “norma” moral terá umas características (ou nenhuma, como veremos); se é a dos que sabem que existe um Deus criador e ordenador do universo, terá outras.Tudo é permitido?
    Justamente pela relação que tem com este assunto, vem a propósito lembrar um bem conhecido episódio do romance de Dostoievski, Os Irmãos Karamázovi. Os três irmãos estão no centro do enredo, juntamente com um criado do pai, filho bastardo deste e, portanto, meio-irmão dos três. O intelectual da família, Ivã Karamazov, repete filosoficamente a famosa frase: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Essas palavras gravam-se na mente doentia e descrente do meio-irmão, Smerdiákov, e levam-no a assassinar, por ódio e cobiça, o pai. No final do romance, o parricida justifica-se cinicamente perante Ivã, dizendo que nada mais fez do que aplicar a filosofia deste: dado que para ele — ateu como Ivã — Deus não existia, nada o impedia, moralmente falando, de matar o pai.
    E não deixava de ter a sua razão. Com efeito, se Deus não existe, se tudo apareceu por uma conjunção fortuita de acasos, se não passamos todos do resultado de muitas cegas coincidências sem sentido nem orientação, se somos apenas matéria que, por mera ciranda de casualidades, deu de ter dois braços, duas pernas, dois olhos e a capacidade de ser consciente — se as coisas são mesmo assim, então, que sentido tem falar do bem, do mal e dos valores morais? Esses pedaços de matéria pensante que seríamos nós, jogados sem nenhuma explicação nem finalidade sobre a terra, por que haveriam de ter mais lei do que a da bruta matéria sem alma, por que não se ocupariam exclusivamente, com feroz voracidade, de aproveitar-se ao máximo de tudo, e de defender-se ao máximo de tudo e de todos os que incomodassem?
    Sem lei nem rei
    É impossível falar em bem e mal, em verdades morais que sejam normativas, em valores válidos e estáveis num mundo assim; isso seria tão absurdo como falar da rota certa de um barco que não tem rumo predeterminado, nem bússola, nem carta de navegação, e se limita a rodopiar loucamente no centro de um redemoinho. Se não se admite a existência de Deus criador, não há modo de encontrar uma base sólida, um fundamento firme para uma lei moral digna de ser tomada em consideração pela nossa consciência. E, realmente, até agora, todas as tentativas de elaborar uma ética sem Deus têm sido falhas. Quando muito, o ateu pode chegar a “fabricar” uma moral de puras convenções, de acordos passageiros e arranjos circunstanciais, mas essa “moral” não tem referenciais claros que delimitem a fronteira entre o bem e o mal; então, torna-se uma farsa e, no meio dessa comédia, a consciência não passa de uma bailarina esquizofrênica. Não pode ser séria a consciência que dança como um urso domesticado, conforme o pandeiro que, a cada momento, tocam as eventuais conveniências e os arranjos interesseiros.
    Deste modo, sendo tudo relativo, chega-se a aberrações como as que o nosso século vem contemplando: hoje o racismo é um mal abominável — e é mesmo, aos olhos de Deus —, mas já foi julgado um bem gloriosíssimo em vários países, em pleno século XX (veja-se o Terceiro Reich, a África do Sul e parte sensível da população da América do Norte); hoje, matar crianças não-nascidas e acabar com velhos e doentes incômodos (eutanásia) é considerado um bem, um avanço das sociedades “progressistas”, mas, durante milênios, foi julgado um assassinato covarde e vil. Se Deus não existe, tudo fica no ar, tudo é relativo: vale qualquer coisa, ou seja, impera o caos. No epicentro do caos, que espécie de consciência terá a possibilidade de julgar?
    Pensando nisto, talvez Riobaldo, o jagunço protagonista de Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, tenha tanta razão como Ivã Karamazov. O nosso sertanejo diz, a certa altura: “Se não tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma”. Sábio Riobaldo! Sim. O que se pode fazer, se nada tem sentido, se nada tem valor, se nada vale nada, se nada leva a nada? Assim não se pode viver.
    Ciência ou conto de fadas?
    No meio desta barafunda, o curioso é que o descrente, depois de ter minado as bases da moral, não se resigna a viver sem moral. Gosta de falar da sua “consciência” e da sua “moralidade”; adora ser considerado “honesto”, “correto”, “cumpridor do dever” e “ilibado”. Indigna-se de ser chamado corrupto. Como conseguir isso “nas areias movediças de um relativismo total”, onde “tudo é convencional, tudo é negociável”? (João Paulo II: Encíclica Evangelium vitæ, n. 20).
    A solução, para o materialista ateu ou agnóstico— ou para o seu equivalente, o cristão sem fé nem convicções — é relativamente simples. Ou, por outra, as soluções são simples, porque, no mínimo, são duas.
    A primeira consiste em tergiversar, em esvaziar de sentido e de conteúdo os valores morais autênticos (os que o crente vê contidos na lei de Deus: a justiça, o amor, a sinceridade, a fraternidade...) e embutir neles um novo sentido deturpado. A bela palavra, porém, continua a ser mantida e valorizada, pelo seu magnetismo e o seu prestígio moral. “Amor”, por exemplo, que bela palavra! Tem ainda muito prestígio? Então, conserva-se e até se apresenta como sagrada e intocável; mas muda-se-lhe o sentido: emprega-se agora exclusivamente para designar o sexo descomprometido, egoísta e animalizado. A mesma coisa se faz com os “derivados” do amor e, assim, ao adultério chama-se “namoro”; à garota de programa e à prostituta cara “namoradas”; à licenciosidade, “liberdade”. E a palavra “família”, libertada da sua “ridícula” acepção “convencional” (pai, mãe e filhos) passa a aplicar-se a um rancho abagunçado de mulher com o seu “namorado” de turno, mais três ou quatro ex-maridos — os tios —, e vários filhos, que já são incapazes de identificar o seu próprio pai; ou, então, de pares ou “casais” das mais variadas espécies, gêneros e combinações.
    O segundo expediente do materialista consiste em fazer moral na base de afirmações gratuitas, autênticos “dogmas de fé” proclamados com o aprumo de quem possui o carisma de infalibilidade.
    Temos que agüentar tais afirmações, monotonamente repetidas, por exemplo, na questão do aborto. Com incansável perseverança, um punhado de deputados federais, adeptos de uma ideologia política relativista, laicista e atéia, proclama, com a solenidade de quem define um dogma, que a lei deveria permitir o aborto até aos três meses, ou seis, ou nove meses de gravidez, pois até esse limite de tempo o feto não é ainda ser humano. Novidade? Não, velharia. Mas afirmada e repisada com majestosa empáfia. Caso perguntemos as “razões”, o fundamento racional para esse conceito e essa lei, a resposta será o silêncio, simplesmente um “porque sim”, “porque estamos de acordo em afirmar isso”, uma vez que não há razão nenhuma — filosófica, antropológica, biológica, etc. —, que permita dizer que somos seres humanos noventa dias depois de sermos concebidos e não o somos aos oitenta e nove dias. Por que não noventa e um ou cento e três? Ninguém sabe responder. A moral relativista só é capaz de “convenções” — “é assim porque convencionamos que assim fosse”— , nunca de “convicções” e, menos ainda, de “verdades”. À falta de verdade racional, precisa de inventar o dogma laicista, a “fé irracional”.
    Isto é o que faz o descrente e os seus congêneres. Pratica constantemente o que ele acusa os cristãos de fazer: — “Vocês querem impor crenças, convicções de sua fé à legislação de um país laico, não-confessional. Isto é intolerável!”.
    Ora, o que se dá no caso do aborto — e em muitos outros — é exatamente o contrário. Os abortistas descrentes querem impor-nos um ato de fé, muito mais violento que os que eles dizem que a Inquisição requeria: “Creio que só somos homens a partir do terceiro, sexto, sétimo ou nono mês, creio sem prova nenhuma, sem ciência nenhuma, sem razão nenhuma”. Pelo contrário, os que acreditam em Deus são os que, neste caso, em vez de invocarem a fé, apelam apenas para a razão e para a ciência. Porque, cientificamente, está mais do que provado que, desde o primeiro momento da concepção, já existe um ser humano pleno e em marcha, em desenvolvimento, exatamente o mesmo ser humano — geneticamente, biologicamente — que será aos cinco anos, ou aos quinze, ou aos sessenta. Um dos maiores geneticistas modernos, o professor francês Jerôme Lejeune, descobridor da etiologia da síndrome de Down, foi convidado certa vez como perito por um tribunal americano que julgava um crime de aborto: as razões científicas que apresentou em favor do caráter humano do feto foram de tal ordem que reduziu ao silêncio os que as contraditavam. Como vemos, quando os crentes combatem o aborto, estão sendo racionais, e, quando os ateus o defendem, estão fazendo e pretendendo impor — mais uma vez — um incrível ato de fé.

    Saindo para a luz
    Mas saber que Deus existe, poder olhar o mundo e a vida a partir dessa certeza, é como sairmos à luz do dia, após termos vagueado, errantes, por um labirinto de sombras que jamais conduzirá à parte nenhuma.
    Luz solar para a vida é, com efeito, contemplarmo-nos a nós mesmos como aquilo que realmente somos: obra de Deus, feitura de Deus, seus filhos.
    Deus criador, certamente, não fez o mundo de maneira impensada, como que por um descuido; seria absurdo só imaginar isso. Deus criou o mundo e, dentro dele, o homem, agindo como quem é: a suma Sabedoria, o supremo Amor.
    Isto significa, para já, que o homem não só não é fruto do acaso, como é o fruto de um pensamento e de um querer divinos. Para expressá-lo com a nossa linguagem comum: o homem — como, de resto, toda a criação — é um projeto idealizado por Deus. Desde sempre, esteve na mente de Deus o modelo ideal do ser humano e, ao mesmo tempo, a idéia exata daquilo que é a verdade e o bem do homem, daquilo que o pode levar à plenitude e à felicidade. Essa idéia do bem do homem, concebida pela Sabedoria de Deus, é precisamente a lei moral, que a teologia cristã chama lei eterna (porque existe eternamente em Deus e é válida eternamente, para todos os seres humanos).
    Santo Tomás, concisamente, resume a questão dizendo que a lei eterna — norma moral suprema para a consciência do homem — é “a razão da divina Sabedoria que conduz tudo ao devido fim” (Suma Teológica, I-II, quest. 93, art. 1). O que equivale a dizer: a Sabedoria divina “sabe”; a Sabedoria divina conhece a razão por que isto e não aquilo é um bem para o homem. Em suma, só Deus conhece perfeitamente o que o homem é e aquilo que o conduz à sua realização.
    Essa idéia, esse plano sobre o homem, Deus o descortina nos mandamentos da sua lei: fundamentalmente, nos Dez Mandamentos. É exatamente isso que a Encíclica Veritatis splendor de João Paulo II recorda com limpidez: “Deus, que é o único bom (cf. Mt 19,17), conhece perfeitamente o que é bom para o homem, e, devido ao seu mesmo amor, o propõe nos mandamentos” (n. 35).
    Nesta última frase aparece uma expressão interessante: “propõe”. Isto quer dizer que os mandamentos “mandam”, certamente, mas não nos são “impostos” à força por Deus. O ser humano foi criado livre; não é pura matéria, cegamente submetida a umas leis físicas às quais não se pode subtrair. Dotado por Deus de uma alma espiritual e imortal — imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26) —, o homem é chamado a atingir o seu fim de modo consciente e voluntário, livremente. E é a sua consciência que, conhecendo a lei que lhe propõe o bem, deve julgar se — em conformidade com essa lei — as suas escolhas e as suas ações estão certas ou erradas.
    “Na intimidade da consciência — lê-se na Constituição Gaudium et spes do Concílio Vaticano II —, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e a fazer o bem e evitar o mal, no momento oportuno a voz dessa lei soa-lhe nos ouvidos do coração: faze isto, evita aquilo [...]. Obedecer a ela é a própria dignidade do homem, que será julgado de acordo com essa lei” (n. 16).
    Já desde os primórdios do Cristianismo, o ensinamento moral apresentava a decisão livre de obedecer “à voz dessa lei” como absolutamente determinante do significado e do bom termo da existência. A Didaqué ou Doutrina dos doze Apóstolos, um escrito cristão do século I, começa assim: “Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande”. O caminho da vida — explica — consiste em amar a Deus e o próximo e observar todos os outros mandamentos. Pelo contrário, quem despreza os mandamentos e se entrega às paixões, hipocrisias, orgulho, adultério, rapinagens, etc., esse envereda pelo caminho da morte. “Filho, fica longe de tudo isso”, exorta o autor anônimo desse antiquíssimo escrito (itens I e II).
    Se o homem observar, com fé e amor, a santa lei de Deus, andará na verdade (Jo 3,4) e viverá (Lc 10,28). Se optar pela falsa lei do egoísmo e da conveniência, perderá a vida (Mt 16,25-26).
    O “não” positivo que permite dizer “sim”
    Não sei se reparou, mas cada proibição da lei de Deus, quando bem entendida, é o não imprescindível para poder dizer um sim amoroso e feliz. Se Deus nos proíbe que odiemos, e nos manda dizer não ao ódio, é para que possamos dizer um sim total ao amor, para que fiquemos liberados para o amor sem fim. Se Deus nos diz: “Não pecarás contra a castidade”, “Não cometerás adultério”, é para que, dizendo não ao sexo egoísta, possamos dizer sim ao amor profundo e fiel, vivido com a alma e com o corpo, dentro do matrimônio santo, generoso e fecundo. Dizer não à devassidão e à impureza é “afirmar jubilosamente” — como dizia São Josemaria Escrivá — que a castidade é própria de enamorados que sabem entregar-se e aprendem a dar-se, iluminando o mundo com o seu “dom” sorridente...
    Este é um dos preciosos ensinamentos da Encíclica Evangelium vitæ de João Paulo II, que assenta a defesa da vida — contra os crimes do aborto e da eutanásia — sobre as bases firmes do preceito negativo: “Não matarás”. Vale a pena transcrever alguns trechos:
    “Os mandamentos de Deus ensinam-nos o caminho da vida. Os preceitos morais negativos, isto é, aqueles que declaram moralmente inaceitável a escolha de determinada ação, têm um valor absoluto para a liberdade humana: valem sempre e em todas as circunstâncias sem exceção. Indicam que a escolha de determinado comportamento é radicalmente incompatível com o amor de Deus e com a dignidade da pessoa humana, criada à sua imagem […].
    “Já neste sentido, os preceitos morais negativos têm uma função positiva importantíssima: o «não» que exigem incondicionalmente aponta o limite intransponível abaixo do qual o homem livre não pode descer, e simultaneamente indica o mínimo que ele deve respeitar e do qual deve partir para pronunciar inumeráveis «sins», capazes de cobrir progressivamente todo o horizonte do bem, em cada um dos seus âmbitos” (n. 75).
    Este é o magnífico panorama que a lei divina desvenda à consciência moral. Estando, como estamos, tão propensos a saltar fora do caminho, a afundar no egoísmo, a errar e perder-nos, é natural que o fato de descobrir essas verdades nos mova a elevar a Deus um cântico de agradecimento por ter inscrito nos nossos corações, e ter-nos ensinado tão claramente, pela Revelação divina, o caminho santo da lei: Quanto amo, Senhor, a vossa lei; durante o dia todo eu a medito...; os vossos mandamentos são a verdade; a vossa palavra é um facho que ilumina os meus passos, é uma luz no meu caminho; correrei pelo caminho dos vossos mandamentos, porque sois Vós que dilatais o meu coração (Sl 119,32.97.105.151).

    (Adaptação de um texto do livro de F. Faus: A voz da consciência)
    Do Site: http://padrefaus.googlepages.com/ateus

    Dez conselhos do Papa Bento XIV aos Jovens


    1) Dialogar com Deus

    "Alguns de vocês poderiam talvez se identificar com a descrição que Edith Stein fez de sua própria juventude, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia, 'tinha perdido, consciente e deliberadamente, o costume de rezar'. Durante estes dias, poderão recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, que sabemos que nos ama e que, por sua vez, queremos amar".



    2) Contar a Deus os sofrimentos e as alegrias

    "Abram seu coração a Deus. Deixem-se surpreender por Cristo. Concedam-lhe o 'direito de falar com vocês' durante estes dias. Abram as portas da liberdade a Seu amor misericordioso. Apresentem suas alegrias e suas penas a Cristo, deixando que Ele ilumine com Sua luz a mente de todos vocês e toque, com Sua graça, seus corações".

    3) Não desconfiar de Cristo

    "Queridos jovens, a felicidade que procuram, a felicidade que têm direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Somente Ele dá plenitude de vida à humanidade. Digam, com Maria, o seu 'sim' ao Deus que quer se entregar a vocês. Repito hoje, o que disse no princípio de meu pontificado: Quem deixa Cristo entrar na própria vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Somente com esta amizade se abrem completamente as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade, experimentamos o que é belo e o que nos liberta. Estejam plenamente convencidos: Cristo não elimina nada do que existe de formoso e grande em vocês, mas leva tudo à perfeição, para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo".

    4) Estar alegres: querer ser santos

    "Além das vocações que implicam uma consagração especial, está também a vocação própria de todos os batizados: trata-se de uma vocação a aquele alto grau da vida cristã normal que se expressa na santidade. Quando alguém encontra Jesus e acolhe Seu Evangelho, a vida muda e a pessoa é levada a comunicar aos outros a própria experiência (…). A Igreja precisa de santos. Todos estamos chamados à santidade e somente os santos podem renovar a humanidade. Convido-os a fazer o esforço, já durante estes dias, de servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo lhes permitirá sentir interiormente a alegria de Sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois, nos seus ambientes".

    5) Deus: tema de conversação com os amigos

    "São tantos nossos companheiros que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o amor de Deus, ou procuram preencher o coração com substitutos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhas do amor contemplado em Cristo. Queridos jovens, a Igreja precisa de autênticas testemunhas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos demais".

    6) Aos domingos, ir à Missa

    Não deixem de participar da Eucaristia dominical e ajudem também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que precisamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Vamos nos comprometer com isso, vale a pena! Vamos descobrir a íntima riqueza da liturgia da Igreja e sua verdadeira grandeza: não somos nós que fazemos festa para nós mesmos, mas, ao contrário, é o próprio Deus vivente que nos prepara uma festa. Com o amor à Eucaristia, redescobrirão também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre iniciar de novo a nossa vida.

    7) Demonstrar que Deus não é triste

    Quem descobriu Cristo, deve levar outras pessoas a Ele. Uma grande alegria não deve ser guardada só para a própria pessoa. É preciso transmiti-la. Em numerosas partes do mundo, existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo continua do mesmo jeito sem Ele. Mas, ao mesmo tempo, existe também um sentimento de frustração, de insatisfação com tudo e com todos. Dá vontade de exclamar: não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente, não.

    8) Conhecer a fé

    Ajudem os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez mais para poder guiar também, de modo convincente, os outros até Ele. Por isso é tão importante o amor à sagrada Escritura e, de conseqüência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.

    9) Ajudar: ser útil

    Se pensarmos e vivermos em virtude da comunicação com Cristo, então abriremos os olhos. Então, não nos adaptaremos mais a seguir vivendo preocupados somente por nós mesmos, mas veremos onde e como somos necessários. Vivendo e atuando assim, perceberemos logo que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos demais do que se preocupar somente do conforto que nos oferecem. Eu sei que vocês, como jovens, aspiram a coisas grandes, que querem se comprometer por um mundo melhor. Demonstrem isso aos homens, demonstrem ao mundo, que esperam exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo e que, sobretudo mediante o amor de vocês, poderá descobrir a estrela que, como pessoas de fé, seguimos.

    10) Ler a Bíblia

    O segredo para ter um "coração que entenda" é formar um coração capaz de escutar. Isto se consegue meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, através do esforço em conhecê-la sempre mais. Queridos jovens, exorto a todos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la sempre ao alcance da mão, para que ela seja para vocês como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprenderão a conhecer Cristo. São Jerônimo, ao respeito, nos diz: "O desconhecimento das Escrituras é desconhecimento de Cristo".

    * * *
    Em resumo…

    Construir a vida sobre Cristo, acolhendo com alegria a palavra e colocando em prática a doutrina: eis aqui, jovens do terceiro milênio, aquele que deve ser seu programa! É urgente que surja uma nova geração de apóstolos enraizados na palavra de Cristo, capazes de responder aos desafios de nosso tempo e dispostos a difundir o Evangelho por todo lado. Isto é o que o Senhor lhes pede, a isto os convida a Igreja, isto é o que o mundo – mesmo sem sabê-lo – espera de vocês! E se Jesus os ama, não tenham medo de responder-lhe com generosidade, especialmente quando lhes propõe de segui-lo na vida consagrada ou na vida sacerdotal. Não tenham medo, confiem Nele e não ficarão decepcionados.

    Pe Joãozinho,scj
    --
    Paulo Eduardo Fagundes dos Santos
    "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá." - Carta aos Gálatas 6,7

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